Promotor
Município de Vila Nova de Famalicão
Informações Adicionais
NEM PRINCESA, NEM HEROÍNA. SOU UMA MULHER REAL!
Dança
17 e 18 junho, sábado, 21:30 e domingo, 18:00
Grande Auditório
Entrada: 6 euros / Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 3 euros
M/6 anos
Duração: 90 minutos
"O que escrevo é mais do que invenção, é a minha obrigação contar sobre essa moça entre milhares delas. É dever meu, nem que seja de pouca arte, o de revelar-lhe a vida.
Porque há o direito ao grito. Então eu grito."
Extrato do livro "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector
O bailado NEM PRINCESA, NEM HEROÍNA. SOU UMA MULHER REAL! é uma co produção com a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e a Associação Crescer Além da Dança, esta parceria é motivo de grande orgulho nosso, mas também não esquecemos a responsabilidade acrescida que temos a quando da sua criação.
Neste espetáculo vamos dançar a vida e obra da escritora Clarice Lispector, cuja obra literária é constituída por vários contos, crónicas, livros e contos infantis.
A sua particularidade reside naquilo que como mulher consegue conjugar. Foi uma grande artista no entanto é tão radical como particular: uma mulher ocidental, casada e com filhos, burguesa, uma mulher que não foi estouvada, que não começou a escrever tarde, que não parou por causa do casamento ou dos filhos; uma mulher que começou a escrever na adolescência e continuou a fazê-lo até ao fim da sua vida.
Uma mulher que escrevia com os seus filhos á sua volta e muitas vezes com a máquina de escrever no colo. Que escrevia em cadernos, folhas soltas e até guardanapos.
As suas personagens lutavam contra conceções ideológicas, sobre o lugar próprio de uma mulher na sociedade. Enfrentam escolhas relacionadas com maridos, filhos, têm preocupações financeiras, confrontam-se com o desespero pessoal que as derruba.
No entanto tem uma enorme compaixão pelas mulheres silenciosas e silenciadas pela sociedade.
É toda esta controvérsia e dimensão que pretendemos transmitir com a criação deste bailado, e ao mesmo tempo estabelecer esta identificação e identidade, pois estas mulheres somos todas nós